Cursos de Avaliações e Perícias

COMUNIDADE

Aqui você encontra as PERGUNTAS e RESPOSTAS para os temas de AVALIAÇÕES DE IMÓVEIS e PERÍCIAS DE ENGENHARIA.

São as perguntas enviadas pelos ALUNOS dos cursos LAUDO MASTER e as respostas do Prof. Reginaldo Antunes.

A ordem cronológica das perguntas e respostas está invertida. Ou seja, as perguntas mais recentes estão na parte superior da página. As mais antigas estão na parte inferior.

Bom proveito!


Pergunta:

DEMETRIOS P.
Professor, estou avaliando um imóvel rural e ele é margeado pelo Rio Suassui, questão é que este imóvel esta perdendo justamente esta faixa pela imposição da desapropriação, e não tenho grande numero de oferta ou mesmo negociado de imóveis com recurso hídrico, o que o Sr pode me sugerir?

 

Resposta:

Abra o raio da amostra e utilize a variável LOCALIZAÇÃO. No caso de imóveis rurais, pode-se utilizar imóveis de outros municípios, desde que no mesmo contexto sócio econômico.


Pergunta:

Bruno S.
Professor e se no relatório gerar 0 de autliers e nas regressóes nao bater nenhuma, todas fora do padrão, o que fazer?

 

Resposta:

Oi Bruno. No caso da SIGNIFICÂNCIA DOS REGRESSORES, quanto menor o valor obtido, melhor. A estatística faz uma simulação de que cada uma das variáveis NÃO É IMPORTANTE na formação de valor dos imóveis da amostra. Quanto MENOR este valor de significância, MELHOR para o seu modelo. Portanto, se uma das suas variáveis der uma significância elevada (e portanto fora do ideal...), que dizer que ela não é importante na formação de valor. Neste caso, substitua esta variável por outra. Um exemplo (apenas didático...): se você usar a variável COR DA FACHADA DO IMÓVEL, com certeza ela terá significância elevada, provando que ela não tem nenhuma importância. Basta substituir por PADRÃO DE ACABAMENTO.
Ficou claro?


Pergunta:

MILENA
BOA NOITE. não compreendi muito a questão dos Regressores, no relatório do INFER-32, quando aparece no relatório, exemplo 3 em 4

 

Resposta:

Bom dia.
Aguarde as aulas sobre ESPECIFICAÇÃO DA AVALIAÇÃO e VALIDAÇÃO DO MODELO ESTATÍSTICO para compreender melhor.
Isto significa que apenas 3 das 4 variáveis estão com a SIGNIFICÂNCIA DOS REGRESSORES de acordo com a Norma Técnica. Uma das variáveis está com parâmetros fora das especificações. Vá até o relatório do INFER-32, no item SIGNIFICÂNCIA DOS REGRESSORES - BICAUDAL para saber qual é a variável que está fora.


Pergunta:

Elizabeth K.
Boa tarde professor, Estou avaliando um sítio de 6,5 hectares, com casa, piscina, curral, pomar, app,pastagem e plantação de eucalipto. Fui procurar amostras e so encontrei chácaras proximas com áreas menores de ate 2 hectares. Gostaria de fazer por inferência estatística, tem alguma solução?

 

Resposta:

Abrir o raio da pesquisa e utilizar a variável LOCALIZAÇÃO.


Pergunta:

Edemar S.
Uma pergunta Reginaldo! porque utilizar no modelo estatístico variável dicotômica para topografia? Não poderia utilizar como por exemplo plana a suave ondulado valor 4; suave ondulado a ondulado valor 3; ondulado a forte ondulado valor 2; e forte ondulado 1! não me daria maior consistência no resultado ?

Resposta:

Sim. Você está correto. No caso da topografia, o mais comum é que existam entre 3 a 5 níveis de classificação. Porém, como eu sempre falo, depende muito do contexto de cada amostra. Se na amostra existirem somente DUAS condições, então não há motivos para não se usar uma variável tipo dicotômica. Por outro lado, eu particularmente utilizo variáveis dicotômicas somente onde não existe nenhuma possibilidades de haver mais de duas condições. Por exemplo: existência de porteiro físico (para imóveis urbanos); imóvel vendido / ainda não vendido; com documentos regularizados / sem documentos; e assim por diante.


Pergunta:

amandaz.
Boa tarde, Professor Reginaldo. Tenho dúvidas sobre o método a utilizar para uma residência. A residência é térrea, nova, alto padrão de acabamentos, possui piscina, não é murada e está localizada próxima ao centro e comércio, em uma rua onde há também oficinas, autopeças e concessionarias de veículos. O padrão das demais residências do bairro é médio e as construções são mais antigas. Todas as casas encontradas de alto padrão, com revestimentos similares ao dessa e piscina, são de 2 pavimentos, muradas e estão localizadas em bairros residenciais mais distantes do centro. Acredito que o método MCDDM por inferência estatística não faz sentido, já que se utilizar fatores como setor urbano, área, estado de conservação e padrão de acabamento surgiria as seguintes questões: O Setor urbano é diferente de todas as demais amostras, apesar de bem localizada, é uma área com muitos comércios; Apesar da área ser similar as demais, é a única térrea; Única residência não murada; Poderia me indicar como proceder? Obrigada desde já pelas ajuda. Parabéns pelo curso de excelente qualidade!

Resposta:

Método evolutivo. Ou seja, você determinará o valor do terreno pelo MCDDM e as benfeitorias pela quantificação de custos. O fato do terreno estar próximo ao Centro, isto irá valorizar esta "porção" do imóvel. No caso das benfeitorias, eu creio que você não encontrará um CUB que atenda. Portanto, faça a ORÇAMENTAÇÃO d obra, incluindo piscina e demais instalações especiais.

Mudando de assunto, tome cuidado com os TERMOS que você usa. Você citou INFERÊNCIA ESTATÍSTICA, mas falou em "utilizar fatores". Quando se usa INFERÊNCIA ESTATÍSTICA, você não usa FATORES. Você usa VARIÁVEIS.


Pergunta:

José Antônio de Campos Machado.

Boa tarde!! nessa aula não ficou claro para mim a obtenção dos fatores, ex: Quando é 1 por uma igualdade na comparação, como se determina por uma comparação valores como 0,7 ou 0,8 ou 1,2 etc. Da mesma forma o critério de definição dos fatores para oferta, localização etc, como se determina esses parâmetros?

Resposta:

Oi Machado. Boa tarde. A definição dos fatores é empírica. Veja o exemplo da topografia. Se o seu avaliando tem topografia PLANA e o imóvel 1 tem topografia LEVEMENTE ACIDENTADA, utilize o fator 1,1 ou 1,2 (o avaliando é melhor que o imóvel 1 nesta variável). Já o imóvel 2 tem topografia ACIDENTADA. Neste caso, utilize o fator 1,3 ou 1,4 (o avaliando é bem melhor que o imóvel 2 nesta variável). E assim sucessivamente. Mas trata-se de definições empíricas.


Pergunta:

Carlos S.
Reginaldo, vc poderia me dizer se o Engenheiro Agrimensor está autorizado a realizar perícia de avaliação em imóvel urbano ou rural?

Resposta:

Engenheiro agrimensor atua com imóveis rurais.


Pergunta:

Rodrigo C.
Boa noite prof. Reginaldo, acabei de iniciar o curso e gostaria de ter acesso ao arquivo em pdf da norma NBR 14653, seria possível?

Resposta:

Não é possível.
As NBR´s devem ser COMPRADAS no site da ABNT. É isto que eu ENSINO no curso. São documentos protegidos por direitos de comercialização e a sua distribuição fora da ABNT caracteriza PIRATARIA, passível de punição na esfera penal.


Pergunta:

FLAVIO C.
(Aula 4) Boa noite, Professor. O item 8 da NBR 14653-2 (versão 2011) parece não ter sido atualizado após a edição da versão de 2019 da Parte1. O caput se refere à Seção 8 e aos itens 8.1 a 8.3 da Parte 1, da versão 2001!!! Entretanto, a versão vigente da Parte 1 é de 2019, e a Seção que parece querer se referir deve ser a 7 e os itens 7.1 a 7.3. Da mesma forma, o item 8.1.1 da Parte 2 faz menção ao item 8.2.1 da Parte 1, mas o que trata do Método Comparativo é o item 7.2.1 (e não 8.2.1). É isso? Esse item 8 da Parte 2 está mesmo desatualizado (e indicando os itens errados)?

Resposta:

Você está correto Flavio. A ABNT está com este problema para resolver.
Apenas as Partes 1 e 3 sofreram atualizações em 2019. A Parte 2 é de 2011. Porém, a Parte 2 se refere a itens da Parte 1 que tiveram a sua numeração modificada na versão de 2019.


Pergunta:

Tainara M.
Boa noite Professor! Nessa aula você comentou que um laudo de avaliação fora da NBR 14.653 pode ser facilmente contestado. No caso dos corretores de imoveis que utilizam o PTAM para elaborar seu parecer tecnico de avaliação do imovel,podemos contestar seus laudos, ja que nao utilizam a NBR? É uma situação onde tenho duvidas, pois o PTAM, salve engano, não aborda as mesmas questões que a NBR preconiza, e mesmo assim esses pareceres técnicos são bem aceitos em processos judiciais e ate mesmo algumas instituições financeiras.

Resposta:

Bom dia.
O PTAM não é nem mesmo citado na NBR 14653 da ABNT. E os modelos de PTAM que são ensinados nos cursos reconhecidos pelo CRECI não utilizam os mesmos métodos regulamentados por esta mesma NBR 14653 da ABNT.

Os laudos (ou pseudo laudos) elaborados sem a NBR 14653 são facilmente desconstituídos, desde que a Justiça seja "provocada". Ou seja, se o perito entrega qualquer documento e as Partes (advogados ou assistentes técnicos) não "provocam" o juiz com os questionamentos necessários, este documento pode ser aceito pelo juiz, que não é obrigado a saber que o laudo não está correto. Os corretores de imóveis estão percebendo isto e muitos deles estão se qualificando tecnicamente e fazendo os seus laudos de avaliação de acordo com a Norma da ABNT. Existem diversos corretores de imóveis aqui no curso. São os verdadeiros profissionais que investem em suas carreiras, no objetivo de fazer da maneira correta.

No caso das instituições financeiras, as grandes e tradicionais (CEF, BB, BNDES, Banco do Nordeste, Banco da Amazônia, etc) sempre exigiram laudos de acordo com a NBR.

Eu tenho visto cada preciosidade ao longo da minha carreira... ainda nos dias de hoje... pessoas criando "métodos próprios" para a avaliação de imóveis... e tem também aqueles que desvirtuam as Normas vigentes.
Portanto, se você fizer direito, irá se destacar no mercado. Não aceite laudos de avaliação feitos em desacordo com a NBR 14653.

Um abraço!


Pergunta:

Thiago M.
Reginaldo, eu tenho baixada uma versão antiga da norma, no caso da parte 1 é do ano de 2001, e da parte 2 é de 2004, comparei ela com a versão que você apresenta no curso é vi que possui algumas diferenças diferenças. Você me recomendar baixar uma versão atualizada ou posso utilizar essa antiga que tenho aqui?

Resposta:

Sempre trabalhe com as últimas versões. 2019 para as Partes 1 e 3, e 2011 para a Parte 2. Existem modificações SIGNIFICATIVAS. Além disso, não tente baixar versões "grátis" na Internet, pois são arquivos pirateados. Compre no site da ABNT.


Pergunta:

Thiago M.

Reginaldo, boa tarde, Você acha necessária a aquisição da NBR? Já que todas as tabelas já estão a disposição aqui no curso?

Resposta:

É importantíssimo que você tenha as Partes 1 e 2 da NBR para consultas e estudos. As tabelas que eu disponibilizo são as partes que devem ser reproduzidas nos laudos elaborados por você. Esta pequena parte da NBR não substitui a necessidade de que você a tenha. A NBR unicamente não te ensina a fazer avaliação de imóveis. Porém, durante ou após o meu curso, a leitura da NBR aumentará muitíssimo o seu entendimento de tudo o que eu te ensinei aqui. Além disso, ela deve ser consultada sempre que você estiver verificando o laudo de outro perito avaliador. Seja na Justiça ou outra finalidade.


Pergunta:

KEISSE O.
Bom dia Professor! No caso da documentação do imóvel, o cliente possui apenas o IPTU. Não tem o numero da matricula do imovel. Seria possivel o banco aceitar faltando o documento do imovel que consta a matricula?

Resposta:

É necessário apresentar algum documento do imóvel. A Guia de IPTU seria suficiente.


Pergunta:

Eliezer S.
Boa tarde...aos 07:06 do video na aula sobre NORMA TÉCNICA, o Sr. fala que a revisao da norma que esta valendo é a de Agosto de 2019, mas ali consta Junho de 2019, conforme a Norma que tenho...teria sido um equivoco ali na sua fala? uma troca de meses somente? Grato. Esta muito bom o curso.

Resposta:

Boa tarde Eliezer. A revisão da Norma foi feita em junho/2019, nas suas Partes 1 e 3. Porém, em Agosto de 2019 lançou-se outra revisão, apenas com correções de "erros de Português". Portanto, se você tem as versões de junho ou de agosto, as duas estão valendo. Talvez você nem mesmo encontre os "erros de Português" alegados para a nova revisão de agosto.


Pergunta:

Daniel A.
A parte 4 da norma NBR 14653 não será utilizada para avaliações de escolas, igrejas, etc durante o curso?

Resposta:

Não. Ela é utilizada na avaliação de empreendimentos de base imobiliária: hotéis, shopping centers (o imóvel como um todo, e não as lojas individuais), etc. As escolas e igrejas são avaliadas de acordo com a Parte 2 da NBR 14653. Existem escolas e igrejas que instaladas em imóveis que podem ser utilizados para diversas finalidades. E aquelas instaladas em imóveis específicos para estas finalidades podem ser avaliados pelo método evolutivo.


Pergunta:

Caio M.
Bom dia Professor! Tive meu laudo negado pelo banco do brasil por não ser considerado completo, eles me deram um prazo até o dia 06/05 para regularizar o item reprovado. Porém disseram que para reanálise, é necessário enviar novos trabalhos com as respectivas ARTs/RRTs, e que não serão aceitos complementos/retificações de trabalhos já enviados. Revisei o laudo e a norma, e a única possível causa para a reprovação que encontrei foi não ter colocado documento de identidade (Coloquei somente o nome do cliente na identificação do solicitante) seria essa uma possível causa? Como o prazo está apertado e levando em consideração que moro em cidade pequena (o que torna dificil a busca de amostras), pensei em avaliar um imóvel em uma cidade grande próxima a minha. Posso eu fazer o laudo em nome do meu pai como solicitante com a finalidade de compra deste imóvel? A art e o laudo seria em nome dele, mas claro toda documentação referente ao imóvel e informações do proprietário constariam no laudo. Seria possível o banco aceitar esta situação? Desde já agradeço! Abraço.

Resposta:

Bom dia Caio.
Preciso ver o laudo para saber o que aconteceu. É pouco provável que seja somente os dados do solicitante (você chamou de cliente).
Me envie o laudo por email.
Abraço.


Pergunta:

Leandro A.
Prof. Reginaldo, boa noite, fiquei com uma duvida pós esta aula, as Benfeitorias NÃO Documentadas (Ñ averbadas na matrícula), o Sr. falou que devem ser observadas no Laudo, porém usamos a área real do imóvel ou a área sem as benfeitorias? Quanto ao custo, usamos a área real ou sem as benfeitorias? Taxa de ocupação do solo, usa a real ou sem as benfeitorias? Nesta linha de raciocínio que surgiu a minha dúvida, se devemos fazer como esta no local ou pelo que esta na documentação resumidamente? Obrigado

Resposta:

Considere as benfeitorias na avaliação. Ou seja, o imóvel é o que você encontra na vistoria e não o que está presente nos documentos.


Pergunta:

Helton L.
Olá professor ! Tenho duas dúvidas: Num primeiro momento dessa aula foi falado sobre o Fator de Liquidez e Fator de Liquidez Forçada, ambos com os seus respectivos percentuais 0,70 e 0,50. Sobre esses percentuais, onde consta, na NBR 14.653? Num segundo momento foi falado sobre imóvel misto. O que seria um imóvel misto?

Resposta:

Oi Helton.
A NBR 14653 não especifica percentuais para os valores de LIQUIDEZ e LIQUIDEZ FORÇADA. Ela apenas diz que "devem ser consultados leiloeiros", no caso da LIQUIDEZ FORÇADA. Porém, é muito difícil obter estas informações dos leiloeiros. Então, os avaliadores usam os percentuais que são utilizados pelos bancos públicos em seus MANUAIS DE AVALIAÇÃO ou nos CADERNOS DE ORIENTAÇÕES TÉCNICAS (cada banco tem um nome). E normalmente eles utilizam estes percentuais.

Imóvel misto é o imóvel que possui dois ou mais tipos de utilização. Por exemplo, residencial e comercial ao mesmo tempo. Pode ser um sobrado que tem lojas no piso térreo e apartamentos residenciais no segundo piso.


Pergunta:

L. A.
Professor, boa noite. Conversei com um ex aluno meu da faculdade esses dias, e ele está bastante motivado a se tornar meu "auxiliar de perito" para medições e desenhos. Foi uma maneira que encontrei de não me deslocar sozinho a cidades distantes e ao mesmo tempo dividir a eventual "pressão" dos advs e assistentes das partes, além de ter efetivamente um auxiliar para tirar medidas e me dar o apoio estratégico durante as diligências que se aproximam. A ideia de o contrata-lo surgiu depois de terem sido aceitos definitivamente meus honorários iniciais e não me incomoda, ao menos neste início, ter que paga-lo um percentual "por fora", já que não foi remunerado pelas partes de modo documental via petição de honorários com uma linha dedicada especificamente a este fim. Questiono-me se, pode ou não causar estranheza, sob o ponto de vista prático, ou surpresa, a presença dele, recém formado engenheiro, e como não perito nomeado ainda devo orienta-lo a agir de um modo mais prudente, para evitar quaisquer deslizes ou até mesmo prejudicar eventuais procedimentos. Qual conselho o senhor nos daria?

Resposta:

Bom dia. Não se preocupe com a presença de seu "auxiliar" no Processo. É muito comum que os peritos utilizem de outros profissionais, seja como "consultores" em matérias mais complexas, seja como auxiliares nas tarefas mais simples.

Em alguns casos, você DEVE informar no laudo que teve o apoio de um consultor ou profissional em atividades muito específicas, como levantamentos, cálculos ou análises complexas que não sejam de sua especialidade ou conhecimento.

Em outras situações, você não precisa mencionar os nomes das pessoas de apoio ou suporte em atividades mais simples, como medições, pesquisa ou apoio administrativo.

Eu sempre ando com um estagiário para me apoiar nas vistorias e normalmente não os cito nos laudos. Eu também conto com o apoio administrativo do meu pessoal para pesquisas, contatos com os assistentes técnicos e demais atividades de apoio.

Ninguém irá questionar a presença de seu pessoal de apoio em suas vistorias. Eu apenas recomendo que apresente devidamente o seu auxiliar aos assistentes técnicos e advogados assim que chegar no local da perícia, informando que ele está ali para te apoiar. Não precisa informar e nem detalhar que tipo de apoio se trata.

O perito "pode usar de todos os meios para a fundamentação de sua análise". É o que diz o CPC (Código de Pr4ocesso Civil).


Pergunta: L. A.

Obrigado professor, o senhor é referência como orientador técnico no ramo de engenharia de avaliações e perícias a nível nacional, parabéns e que continue assim.

Resposta:

Obrigado!


Pergunta:

MAICON B.
Se minha empresa credenciar na CEF por exemplo, eu posso prestar serviços para outras empresas de engenharia credenciadas na CEF também para aumentar minha carteira de imóveis e aumentar meu faturamento? Aproveitando, eu li no comentário sobre a "quarteirização" que algumas empresas fazem, isto é legal? Pode correr o risco de perder o credenciamento?

Resposta:

A CEF não permite a "quarteirização". Apenas os bancos privados permitem isto em contrato.


Pergunta:

Guilherme C.
Professor, estou com duas dúvidas: 1. Você disse que o ideal é tirar as fotos no modo paisagem, e não no modo retrato. Isso é regra ou é algo de sua preferência e que está nos aconselhando, visto que pode ser melhor aproveitado o espaço na página do laudo? Falo isso pois em espaços pequenos, como em um banheiro pequeno por exemplo, para caracterizar o espaço como um todo fica mais facil a foto na vertical. 2. Você disse que temos que avaliar o imovel sempre usando do ponto de vista como avaliador/perito e não como engenheiro. No meu caso, por se tratar de algo que é inerente à minha profissão, te confesso que é bem complicado. Daí a minha pergunta é: Mesmo que eu avalie do ponto de vista como avaliador, e me depare com manchas de mofo, infiltrações, trincas, fissuras e etc, isso é irrelevante no laudo, não impactando no valor da avaliação ou eu posso colocar isso como observação? Pois em minha opinião acredito ser meio incoerente avaliar um imóvel sem levar em consideração as patologias ou vícios aparentes (Por exemplo, me colocando na posição de um comprador, eu estou vendo um imóvel avaliado em valor X, e o banco/imobiliária sequer me comunica sobre os problemas existentes, mesmo tendo ciência disso. Uma experiência que vivi foi: uma cliente adquiriu um apartamento e foi descobrir somente depois de residir no imóvel que o mesmo apresentava problemas sérios de infiltração, e isso deu um b.o gigantesco). Posso estar falando besteira, mas consegue entender qual minha dúvida?

Resposta:

1-É minha preferência, de acordo com a minha experiência. Fique à vontade para formatara da maneira que lhe deixe mais confortável.

2-Eu concordo que o ENGENHEIRO faz parte de nossa personalidade. E não se preocupe, pois o meu entendimento (e de todo o mercado) é o mesmo que o seu. O que eu aconselho é que você não faça a vistoria como se fosse uma PERÍCIA DE ENGENHARIA na busca de patologias ou defeitos. Conforme o contexto, insira a variável ESTADO DE CONSERVAÇÃO no seu modelo de avaliação (você verá isto nas próximas aulas, nos métodos de avaliação...) e considere todas as suas observações nesta variável.

Normalmente, os imóveis da AMOSTRA DE COMPARAÇÃO (que você também verá mais adiante) estarão reformados ou "maquiados" para a venda. Mas mesmo assim, será possível determinar o ESTADO DE CONSERVAÇÃO dos imóveis utilizados na amostra (a experiência lhe trará esta habilidade...).

É relativamente comum encontrar um imóvel avaliando com muitas patologias ou defeitos APARENTES, em desacordo com a sua amostra de comparação (na qual os imóveis estarão reformados ou maquiados). É o caso de imóveis em litígio e que foram abandonados por muito tempo. Nestes casos, é preciso informar estas questões na CARACTERIZAÇÃO no laudo e também considera-las na determinação do valor do imóvel. O seu modelo de avaliação lhe dará os valores MÍNIMO, MÉDIO e MÁXIMO. Você poderá determinar o valor do imóvel ABAIXO do valor MÍNIMO, justificando pelo estado de conservação ou presença de patologias.

Porém, a observação acima vale para as patologias e defeitos APARENTES. No caso de patologias NÃO APARENTES, como citado no seu exemplo (eu creio que a infiltração deveria estar "maquiada" por uma simples pintura...), aí vai para outra "esfera", na qual o comprador e o avaliador foram induzidos ao erro. Você também verá nos ESTUDOS DE CASOS e nos ESTUDOS DE LAUDOS que o laudo tem um item que diz que "o imóvel foi avaliado no estado em que se encontrava no momento da vistoria" (por isto a importância de se informar no laudo a data e hora da vistoria, bem como os dados da pessoa que o acompanhou). Portanto, se ocorrerem problemas decorrentes de patologias ou defeitos NÃO APARENTES, o avaliador não teria como verificar isto no momento da vistoria.
Foge do objeto de nosso curso, mas neste caso, deve-se verificar (após a venda do imóvel e o aparecimento dos problemas) se houve má fé do vendedor (maquiando o problema) ou se foi realmente uma patologia não aparente que passou a causar problemas após a habitação da unidade ou das unidades vizinhas.

A CEF tem o COT (Caderno de Observações Técnicas), onde ela instrui os engenheiros e arquitetos credenciados a verificarem diversos itens. Por exemplo:
-Utilização de técnicas construtivas e materiais homologados pela CEF;
-Áreas úmidas com piso e paredes com revestimento cerâmico;
-Área de serviços com cobertura sobre o tanque (laje ou telhas);
-Imóvel construído de acordo com a regulação urbana;
-Necessidade de mais de 3 circuitos elétricos na unidade habitacional;
-Ocorrência de PATOLOGIAS APARENTES;
-Etc.

No caso apresentado por você (o da infiltração...), independente se fosse uma avaliação para a CEF ou outra finalidade, o problema deveria ter sido informado pelo avaliador em seu laudo, caso fosse um problema APARENTE. Seguramente a CEF não aceitaria o imóvel e o vendedor precisaria reparar o problema, iniciando todo o processo de avaliação novamente.

Porém, se fosse um problema NÃO APARENTE, não haveria como ser identificado pelo avaliador ou pelo comprador. Aí cairia fora do escopo da avaliação, sendo necessário um processo (administrativo ou judicial) para determinar se houve intenção de esconder o problema ou se foi uma ocorrência que apareceu após a ocupação da unidade e de unidades vizinhas.

Agora, vejamos por um escopo totalmente diferente. Digamos que você seja contratado para uma PERÍCIA em um imóvel para a BUSCA E REGISTRO de patologias... Ou para um LAUDO DE ENTREGA DE OBRA. Nestes dois casos, será necessário gastar MUITO mais tempo na vistoria, verificando diversos itens:
-Caimento de piso em áreas úmidas em direção aos ralos;
-Caimento de peitoril de janelas e varandas em direção à parte externa;
-Qualidade de rejuntes;
-Funcionamento de todas as torneiras e circuitos elétricos;
-Prumo de portas, janelas, paredes, etc;
-Qualidade de pinturas;
-Existência de itens quebrados ou defeituosos (ferragens, peças de cerâmica, etc);
-Etc, etc e etc.
E talvez seja necessário executar verificações DETALHADAS para a verificação de vazamentos ou infiltrações.
Mesmo assim, talvez o profissional não encontre as patologias NÃO APARENTES.

Ficou claro?
Um abraço!


Pergunta:

D. F.
Professor boa noite, gostaria de tirar uma dúvida, sou de Praia Grande SP e fui chamado por uma empresa de avaliação de Curitiba para fazer uma parceria de uma avaliação do banco Sicoob, me informaram que não precisa da minha ART para a parte de vistoria, só precisa das fotos e alguns dados do imóvel, isso é correto ? achei que a ART era obrigatório mesmo para parcerias

Resposta:

Você está sendo "quarteirizado". Ou seja, a empresa de avaliação de Curitiba é a "terceirizada" responsável pela avaliação e pela ART. Eles estão te contratando para fazer apenas a vistoria e as fotos. Fica mais barato do que enviar um profissional de Curitiba.


Pergunta:

D. F.
Professor boa noite, gostaria de tirar uma duvida, efetuei uma compra de um imovel esse ano financiado pela caixa, é uma casa com 45 anos de construção, quando a engenheira foi na casa fazer a primeira avaliação ela reclamou de patologias, como algumas fissuras e infiltrações, ela logo falou que talvez a empresa não aprovaria para o banco, e se reprovasse eu teria que reparar para ela voltar novamente, logo depois de 6 dias chegou a reprovação, fui ate a casa mesmo não sendo minha ainda pois a dona estava sem verba e fiz reparos só para estética, quando terminei visei a imobiliaria para avisar a engenheira para voltar novamente, um dia antes dela vir choveu muito então acabou molhando 2 tetos, ela tirou fotos novamente e logo apos 4 dias chegou a reprovação novamente, mais uma vez fui no local comprei manta e itens para efetuar a impermeabilização, quando ela voltou pela terceira vez, estando tudo seco ela falou que iria aprovar, ai chegou minha aprovação, agora pergunto para o senhor isso será que é uma norma interna da empresa de avaliação ou o banco que esta exigindo isso agora, obs: a casa estava muitoooo barata por esse motivo fiz de tudo para comprar kkkkk

Resposta:

Muita atenção: As empresas se credenciam na CEF para prestar SERVIÇOS DE ENGENHARIA.
O escopo neste Edital vai ALÉM da avaliação do imóvel. Como o engenheiro vai fazer a AVALIAÇÃO DO VALOR DE MERCADO, ele aproveita e verifica também as questões INTERNAS que a CEF exige. Entre elas, está a necessidade de que o imóvel não apresente patologias. Existem diversas outras questões a serem observadas: necessidade de mais de 3 circuitos na parte elétrica, revestimento cerâmico nas partes úmidas, tanque na área de serviço com cobertura, entre outras. A CEF treina os seus credenciados e disponibiliza o COT (Caderno de Observações Técnicas) que deve ser seguido.


Pergunta:

Gilberto o.
Boa Tarde. qual é o aplicativo GPS?

Resposta:

Bom dia Gilberto.
Eu uso um aplicativo chamado BÚSSOLA. Disponível para ANDROID e IOS.


Pergunta:

ADRIANA S.
Boa Noite!! Professor gostaria de saber como eu faço qdo o preciso fazer um lado de um imóvel mas não está averbado na matrícula, só consta o terreno. E no terreno tem 3 imóvel com IPTU separados

Resposta:

Você deve avaliar o imóvel no estado em que o encontra no momento da vistoria, com todas as suas benfeitorias e informar no laudo, no item sobre a CARACTERIZAÇÃO DO IMÓVEL, as questões de averbação de Matrícula. Existem casos onde o juiz deseja saber apenas o valor do terreno. Porém, ele irá te informar isto, se for o caso.


Pergunta:

Antonio F.
Professor Reginaldo Antunes, Peço sua orientação, preciso fazer a avaliação de um apartamento atípico. É um apartamento de 130m² construído há mais de 60 anos na cidade de Valinhos/SP, em edifício com 8 unidades, 1 elevador, e 1 vaga de garagem, e gás de botijão 13kg. O problema é que faltam amostras para a análise, uma vez que na cidade tem poucos prédios de apartamentos, principalmente 3 dormitórios e em torno de 100 metros. Só tem 2 Prédios antigos com metragem semelhante e 2 unidades a venda. Apartamentos mais novos 3 dormitórios também são raros. Desde já agradeço por sua atenção, Abraço!

Resposta:

Faça pelo MCDDM com FATORES, que exige uma quantidade menor de imóveis na amostra. Pode colocar imóveis mais novos. Verifique se o fato de serem mais novos INFLUENCIA no preço. Se for o caso, coloque algum fator relacionado com o PADRÃO DE ACABAMENTO ou PADRÃO CONSTRUTIVO.


Pergunta:

Renato F.
Professor, bom dia. Estou com dúvida: 1 - Qual método eu usaria para avaliar uma igreja? Eu poderia comparar com salões de festas? 2 - Qual método eu usaria para avaliar uma escola particular?

Resposta:

1-Depende das característica do IMÓVEL utilizado como igreja. Existem igrejas instaladas em CASAS, GALPÕES, LOJAS, etc. Portanto, nestes casos, utilize o MCDDM com uma amostra de imóveis com tipologias que correspondam à tipologia do imóvel avaliando. Por outro lado, existem igrejas instaladas em imóveis construídos especificamente para esta função, sendo considerados imóveis ATÍPICOS. Nestes casos, faça pelo MÉTODO EVOLUTIVO. Existe um ESTUDO DE CASO a respeito da avaliação de uma igreja na aula sobre os LAUDOS DE AVALIAÇÃO. Aguarde esta aula.

2-O mesmo que a resposta anterior.


Pergunta:

FABIO P.
Professor, boa tarde! Existe um modelo indicado e disponibilizado pelo curso para assentamentos irregulares (favelas), pois neste caso não há documentação, etc. No caso, preciso fazer o laudo para orientar o valor da indenização das famílias remanejadas. Agradeço desde já. Saudações!

Resposta:

Não existe um modelo específico, até porque é muito simples. Basta indicar a FINALIDADE da avaliação e informar a questão da documentação no item sobre a CARACTERIZAÇÃO DO IMÓVEL. Você está no início do curso e verá que todo imóvel tem valor, independente da documentação. É necessário apenas verificar o contexto. A falta de documentação do avaliando interfere no seu valor, em relação aos imóveis da amostra? Se a resposta for SIM, esta deve ser uma das VARIÁVEIS do modelo. Por exemplo, em um bairro de classe alta, a falta de documentos interfere MUITO no valor do imóvel e deve ser uma das variáveis. Porém, em assentamentos TODOS os imóveis são irregulares. Portanto, esta é uma condição que não vai influenciar o valor do AVALIANDO em relação aos imóveis da AMOSTRA. O AVALIANDO pode ter o seu valor determinado de acordo com a AMOSTRA de imóveis na mesma condição. Basta informar esta condição do no laudo, no item sobre a CARACTERIZAÇÃO DO IMÓVEL.

ATENÇÃO!! A gama de situações que você encontrará na "vida real" é ENORME! Não procure por "modelos ou templates" prontos... Utilize os modelos deste curso como base e altere para a condição necessária em cada situação.


Pergunta:

Lisiane l.
Professor, me surgiu a oportunidade de avaliar alguns postos de combustíveis. Qual seria o método mais indicado? Temo não ter tantos postos de combustível na cidade a venda para fazer uma amostragem comparativa.

Resposta:

Método Evolutivo. Busque informações com as empresas especializadas em montagem de postos de combustível. Não é difícil e o próprio dono do posto ou solicitante pode te fornecer os dados de contato destas empresas.


Pergunta:

Ricardo C.
Bom dia Professor Para proceder em cidades muito pequenas de interior, que não possuem imobiliárias, comércio de imóveis é bem restrito sendo bem escassa a divulgação, o ideal seria buscar imóveis em outras cidades próximas ou tentar ao máximo informações de imóveis por via de moradores parar avaliação de casas? Qual sua sugestão sobre?

Resposta:

Não busque imóveis de outras cidades. A NBR 14653 diz que devem ser utilizados imóveis na mesma cidade, para o caso de avaliação de imóveis URBANOS. Assista ao vídeo abaixo: https://youtu.be/4IJxN--E5E8


Pergunta:

Thiago S.
Posso utilizar os métodos para avaliação do valor de aluguel também? Muda algo nas considerações ou somente troco o valor de venda pelo valor do aluguel? É comum realizar esta avaliação?

Resposta:

Sim. O MCDDM é utilizado na determinação de valor de aluguel. Apenas troque os valores de venda por valores de locação na sua pesquisa. Todos os demais detalhes do método permanecem os mesmos.


Pergunta:

Aldeides A.
Professor, bom dia! Estou avaliando uma casa para saber valor de mercado, em um processo de partilha de bens. Se trata de uma casa de baixo padrão, não encontrei no bairro casas semelhantes, e em sites tem casas porém com um em melhores condições, encontrei 5 imóveis, nesse caso uso inferencia estatistica?

Resposta:

Não dá para fazer com inferência estatística com esta pequena quantidade de imóveis na amostra. Faça por fatores...


Pergunta:

Cesar P.
Boa Noite Prof . Eu Sempre que utilizo esse método, utilizo para o saneamento, o metodo excludente de Chauvenet, que emtermos estaisitico da mais trabalho e implica em calculos e media, desvio padrão e da tabela de chauvenet, alme da verificação posteriro da amplitude baseada em nivel de confiança da tabela t-student. Não sei as diferenças que dariam...Confesso que vou refazer este metodo da forma que realizo. e , se o sr assim o permitir , volto aqui para exibir os resultados. O que pode me dizer da diferença da exclusao ( ou saneamento) de amostras pelos metodos que faço e este que nos aresenta? Muito Obrigado pelas aulas !

Resposta:

Bom dia Cesar. A NBR 14653 diz que "devem ser utilizados critérios estatísticos consagrados" para o SANEAMENTO da amostra. O critério utilizado nesta aula e o CRITÉRIO EXCLUDENTE DE CHAUVENET são duas formas consagradas para o saneamento. Portanto, pode-se usar as duas.

Eu iniciei o estudo da avaliação por FATORES com este critério por considerar ser mais fácil para o entendimento do aluno. Se eu iniciasse pelo Critério Excludente de Chauvenet, ficaria uma aula "pesada".

Você verá uma ferramenta com a aplicação do Critério Excludente de Chauvenet mais adiante aqui no curso, daqui a 2 aulas.

Abraço!


Pergunta:

Cledson A.
Professor, Tenho que avaliar alguns imóveis e solicito a sua orientação para concluir este trabalho com sucesso. Enfim, trata-se de casas, todas no mesmo bairro e muito próximas uma da outra. Porém, elas possuem padrões construtivos diferentes. Na homogeneização para obter os valores dos seus respectivos terrenos, está tudo ok, a minha dúvida é como aplicar os cálculos para determinar o valor de suas respectivas benfeitorias. Existe alguma fórmula prática na qual eu possa considerar o padrão construtivo como um dos fatores determinantes para diferenciação desses imóveis?

Resposta:

É muito simples... use o Método Comparativo Direto de Dados de Mercado (MCDDM) e obtenha o valor dos imóveis como um todo (terreno + benfeitorias). No caso das benfeitorias, utilize FATORES que sejam IMPORTANTES para explicar as DIFERENÇAS entre os preços dos imóveis da amostra. Minhas sugestões: PADRÃO DE ACABAMENTO e ESTADO DE CONSERVAÇÃO. Você verá tudo isto em detalhes nas próximas aulas.


Pergunta:

Rodrigo C.
Professor, se o imóvel um prédio residencial está localizado em uma esquina, mas movimentado por uma rua barulhenta, qual será o fator determinante o imóvel estar na esquina ou o barulho? Nesse caso o fator seria 1,0?

Resposta:

Oi Rodrigo. Tudo em avaliação de imóveis depende do CONTEXTO!
No caso de um imóvel RESIDENCIAL, o barulho é uma questão DESVALORIZANTE. Portanto, a característica que se destaca é o barulho (que é negativo), mais que o fato de estar na esquina.


Pergunta:

Rodrigo C.
Professor, minha dúvida é sobre a elaboração do primeiro Laudo de Avaliação que fazemos para o credenciamento nos bancos. Gostaria de saber se obrigatoriamente eu terei que fazer usando o INFER32 para credenciamento ou se poderei fazer usando outro método como o de fatores e se os bancos aceitariam esse laudo? Pelo menos o primeiro até chegar trabalhos.

Resposta:

Os Editais dos bancos são claros: laudo de avaliação através do método de inferência estatística. Não aceitam avaliações pelo método de fatores. Como eu já lhe disse, é necessário utilizar um software (INFER-32 ou SISDEA).


Pergunta:

MAICON B.
Caro professor. Tenho duas perguntas. 1. Se meu imóvel avaliando é um imóvel novo, e minhas amostras são imóveis usados e novos, tenho que utilizar a variável "imóvel NOVO/USADO"? 2. Se o imóvel avaliando possui uma banheira, e eu deduzir que este item é relevante no valor do imóvel, tenho que utilizar a variável "possui banheira SIM/NÃO"?

Resposta:

1-Eu acho melhor usar a variável ESTADO DE CONSERVAÇÃO, com uma classificação de 1 a 3 ou de 1 a 4. O imóvel novo estará na melhor classificação.
2-Esta condição é MUITO específica e não vai contribuir para a formação de valor do imóvel. Use a variável PADRÃO DE ACABAMENTO e analise o "conjunto" de itens de luxo/conforto que os imóveis possuem.


Pergunta:

Carlos S.
Eu comprei o Infer 32 antes de me matricular no seu Curso. Será que eles me dão um desconto agora?

Resposta:

Com certeza não.


Pergunta:

Lisiane l.
Professor, o fato do imóvel não estar regularizado junto aos órgãos competentes pode ser um fator de depreciação?

Resposta:

Sim, mas depende do contexto da amostra e do local. Em determinadas amostras, existem imóveis com e sem documentação regularizada e isto pode ser uma variável dicotômica. Porém, existem amostras em que todos os imóveis não possuem documentação regularizada. Desta maneira, esta condição não influencia os preços.


Pergunta:

Ana T.
Boa tarde. Preciso realizar uma avaliação de imóvel urbano (casa) para fins judiciais. O imóvel que preciso avaliar apresenta estado de conservação ruim. Acho importante considerar a variável estado de conservação. Fiz a colheita de dados e minha amostra contém aproximadamente 30 elementos. Os imóveis encontrados possuem estado de conservação regular, bom e muito bom. Não encontrei nenhum imóvel com estado de conservação ruim. O que poderia fazer para resolver essa questão?

Resposta:

Duas possíveis soluções:
1-Dedicar mais tempo à amostra, buscando imóveis com estado de conservação ruim.
2-Deixar ocorrer a EXTRAPOLAÇÃO, verificando se ela é aceitável, de acordo com o item 4 da tabela de FUNDAMENTAÇÃO, que você verá na aula sobre ESPECIFICAÇÃO DAS AVALIAÇÕES.


Pergunta:

Helton L.
Professor ! Em relação ao arredondamento, sobre os valores quebrados: Existe pela norma um percentual, e o arredondamento é sempre para maior?

Resposta:

O item 6.8.1 da NBR 14653 - Parte 1, diz que "permite-se arredondar o resultado da avaliação, bem como os limites do intervalo de confiança e do campo de arbítrio, em até 1 %."

Ou seja, na prática o perito avaliador não precisa considerar apenas o RESULTADO DA AVALIAÇÃO para o arredondamento, e sim os LIMITES INFERIOR e SUPERIOR.
Arredonde os valores MÍNIMO e MÁXIMO em até 1% para cima ou para v=baixo e determine o valor do imóvel dentro deste intervalo.


Pergunta:

Nildeno L.
Professor, boa noite! Fiquei na dúvida de como escolher o melhor modelo apresentado pelo programa ao analisar todos os parâmetro. Ficaria agradecido se pudesse discorrer um pouco mais sobre isso. Obrigado!

Resposta:

Escolha o que tem o melhor coeficiente de determinação (r2).


Pergunta:

Vitor R.
Olá, Professor Reginaldo! Estou fazendo meu primeiro laudo de avaliação de imóveis, e surgiram algumas dúvidas básicas. Trata-se de um apartamento numa região muitíssimo valorizada, a poucos metros de distância da Orla da Beira Mar Norte em Florianópolis, com 1 quarto, sem garagem, estado de conservação necessitando reparos (proprietário se mudou e não reformou nem pintou o imóvel, que está desocupado), padrão de acabamento médio, sem garagem, com portaria 24h, próximo ao comércio (situação que se repete no bairro Centro), e condomínio com área de lazer mediana (salão de festas grande com churrasqueira e bicicletário). Esse prédio é um dos poucos que possuem essas características nessa zona urbana, pois trata-se de um imóvel construído no final dos anos 70. As dúvidas são as seguintes: 1. Pensei em realizar a pesquisa restrita ao bairro Centro, considerando que há uma grande quantidade de imóveis disponíveis para consulta. Imaginei buscar imóveis semelhantes, sem garagem, para não ter que incluir a variável "garagem". Seria o correto? ou seria melhor buscar imóveis com e sem garagem, e incluir outros bairros? 2. As váriáveis que penso em utilizar são: Valor/m² (variável dependente), Área, Estado de Conservação, distância à orla, e Lazer. Está adequada essa escolha?
3. Acredito que o padrão de acabamento seja uma variável muito importante, gostaria que ela estivesse presente. Mas o que fazer se o estado de conservação é uma variável representativa. Seria o caso de tentar utilizar as duas?

Resposta:

1-Tudo em avaliação de imóveis depende do CONTEXTO de cada caso. Eu apenas indico para você uma "direção" a ser seguida. A sua abordagem está correta neste caso. Tente uma amostra de imóveis sem garagem, no bairro Centro. Caso não consiga, "abra" o raio da pesquisa e inclua imóveis com e sem garagem, usando esta variável.
2-Sim. Esta combinação de variáveis parece boa. Inclua também PADRÃO DE ACABAMENTO (que é diferente de ESTADO DE CONSERVAÇÃO). Eu trocaria DISTÂNCIA À ORLA (variável numérica) por LOCALIZAÇÃO (variável qualitativa, tipo código alocado). Nem sempre o "número" da distância até a orla traduz a ATRATIVIDADE do imóvel. As própria NBR 14653 sugere que sejam privilegiadas as variáveis QUALITATIVAS em detrimento das NUMÉRICAS.
PADRÃO DE ACABAMENTO e ESTADO DE CONSERVAÇÃO são coisas diferentes. Eu usaria as duas. O fato de uma variável ser "representativa" não elimina a possibilidade de usar outras. Na realidade, você deve usar todas as CARACTERÍSTICAS que "explicam" as diferenças nos preços dos imóveis da amostra. Caso a variável PADRÃO DE ACABAMENTO não seja "representativa", a SIGNIFICÂNCIA DOS REGRESSORES será muito elevada para esta variável. Aí você a retira do modelo.


Pergunta:

Éverton A.
Professor, referente ao segundo vídeo: 1. Em relação a quantidade de amostras (32), você utilizou a fórmula n >= 3 (k+1)? 2. Essas 32 amostras e suas respectivas áreas e valores, você pesquisou nos sites das imobiliárias, ligou para corretores? Eu achei que no programa você informava os dados do avaliando e ele pesquisava as amostras no mercado. 3. Referente a variável Setor Urbano que precisamos colocar as características na tabela como: - Localização ruim - Valor 1,00; - Localização boa - Valor 2,00; - Localização ótima - Valor 3,00. Esses valores são empíricos? Onde eu tenho que arbitrá-los? Por exemplo: a Localização ótima poderia ter valor 5,00 ao invés de 3,00?

Resposta:

1-Sim.
2-Assista o tutorial de utilização dos softwares. Eles não buscam as amostras no mercado. Isto não está no "escopo" do software. Até porque a escolha da amostra é uma parte MUITO IMPORTANTE da avaliação e deve ser feita criteriosamente pelo PERITO AVALIADOR. Assista também as aulas onde eu indico a importância da pesquisa.
3-Peço novamente que assista aos vídeos com os tutoriais de utilização dos softwares. Você escolha os níveis. De 1 a 3, Ou de 1 a 5. Depende do CONTEXTO de cada caso. Não se trata de algo empírico. Fica muito fácil determinar o "nível" da localização de cada imóvel.


Pergunta:

Joao C.
Profº, queria tira ruma dúvida.. Imagine que vou fazer uma avaliação em Imóvel que tem 1.000m².... sendo 200m² de área Construída. Como vou tratar essa avaliação, somente como sendo uma casa, cuja área total é de 1.000m² ou irei separar área do terreno e área da Casa? Se sim, de que forma farei isso?

Resposta:

Depende do contexto...

As variáveis usadas na avaliação devem ser escolhidas com base nas CARACTERÍSTICAS dos imóveis da amostra que "explicam" as diferenças nos preços destes imóveis. Apenas como exemplo, a LOCALIZAÇÃO é uma variável em quase todos os casos, pois esta característica está ligada às diferenças dos valores dos imóveis anunciados em um mercado.

Com relação à sua pergunta, vai depender do mercado onde está o imóvel. Em casas de baixo padrão, utiliza-se a área CONSTRUÍDA, pois neste caso as construções superam as áreas dos terrenos.

Em casas de alto padrão, você pode usar as duas variáveis: área DO TERRENO e a área CONSTRUÍDA. E a variável dependente (R$/m2) sempre em relação à área CONSTRUÍDA.

Em casas de classe média, verifique caso a caso.

E lembre-se: utilizar a variável área do TERRENO somente tem sentido se as áreas dos terrenos da amostra são diferentes. Ou seja, se TODOS os imóveis da amostra têm a mesma área, significa que esta informação não é importante para as diferenças dos preços da amostra.

Ficou claro?


Pergunta:

Cesar P.
Prezado Prof Reginaldo. Estou utilizando este espaço porque hj vi uma avaliação que se contrapos a uma que fiz, o que me chamou a atenção foi uma coisa que nunca vi conjuntamente. a Avaliadora, na hora de "homogeneizar as amostras, simplesmente o fez aplicando a tabela de DEPRECIAÇÃO DE IMOVEIS (𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑅𝑜𝑠𝑠𝐻𝑒𝑖𝑑𝑒𝑐𝑘) e comparando a idade de imoveis com a do avaliando. Levando em conta que ela optou peloMetodo comparativo de dados de mercado., me causou estranheza e falta de retidao frente ao que diz a NBR. Estou errado nessa avaliação, ou seja, quando se comprada dados de mercado a depreciação em si , nao deve ser considerada para esta "homogeneização"? Sua ajuda em muito me sra util! Obrigado!

Resposta:

Bom dia Cesar.
Ótima pergunta! Você está certo!
Infelizmente isto é muito comum, apesar de estar totalmente errado.
Existem diversos motivos para não se fazer desta maneira.

A tabela de Ross Heidecke deve ser utilizada na depreciação das BENFEITORIAS pelo Método Evolutivo, levando em consideração IDADE APARENTE e ESTADO DE CONSERVAÇÃO. Não se pode aplica-la quando o TERRENO também está envolvido no valor. Ou seja, na avaliação do imóvel pelo MCDDM, a parcela do TERRENO está inclusa.

No caso do Método Comparativo, a homogeneização não pode ser feita com esta tabela. É necessário aplicar os FATORES ou a caracterização das VARIÁVEIS na homogeneização (no caso de Inferência Estatística).
Basta dar uma olhada na NBR 14653 para derrubar este tipo de laudo.

Um abraço!


Atenção: é necessário que você tenha conhecimentos de Avaliação de Imóveis para entender o contexto das perguntas e respostas apresentadas aqui! Clique no link abaixo para conhecer os CURSOS disponíveis:

CURSOSLaudo Master

Endereço:

Rua Canopus, 11, conj.5

Belo Horizonte

MG, CEP 30 360-112

Telefone:

(31) 3296 3162

Siga-nos nas Redes Sociais: